domingo, 12 de fevereiro de 2012

eu conto cinco palmos de tato
onde os pelos antecipam o toque
como aspas em um livro
se eriçam das páginas
adiantando o discurso
como os sensores dos prédios
se atiçam em luz
prevendo nosso percurso

conto
um palmo de papel
onde a tinta antecipa a palavra
cinquenta palmos de calçada
cada passo mais perto da chegada.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

raiva de quem sabe


quero
dizer tudo o que eu não sei
e desdizer depois
nunca saber
se ou quando
vai chover
como ou quanto
você me ama
que horas são
se estamos perto ou não
do fim

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012






a palavra é o suicídio da ideia



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