prelúdio de primavera
Na claridade tímida da manhã,
delgado,
o felino se estica,
espreguiça, torce, contorce
e contorna com a cauda
as mornas pedras da varanda.
O largo bocejo
é interrompido
pela nova distração:
amarela,
ela voa ligeira,
vinda do jardim.
Paira
antes de ser espantada
por galhos de pêlo
e segue para o azul,
infinita.
-
Mais uma vez: Camila Andrade, na foto sua musa Frida : http://www.flickr.com/photos/camiandrade/
LINDO! adorei!!!
ResponderExcluirfez o pensamento voar...
ResponderExcluirenxergou enviesado, mais com as mãos do que com os olhos...
conduziu a alma da gente como quem guia cegos num campo colorido...
fez enxergar pela primeira vez...
que poesia!
Muito legal guria.
ResponderExcluirOs poemas da Flavia Doria são belos e meigos; assim como copos de açaí cintilantes num campo de amoras relvadas. ("Como" com duplo sentido)
ResponderExcluirMuito bom mesmo!
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