A minha primeira casa
era feita de mãe, de vó, de bisa,
quatro gatos gordos
e tudo que a gente não jogava fora
em uma rua que fechava
aos domingos na Tijuca.
Nos fundos
dava pra ver o sol nascer
pra mais tarde virar lua
na janela da sala.
Os móveis eram antigos
os quartos amplos
cheios de nostalgia
e pelo.
O relógio de parede
estava sempre atrasado.
Os livros na estante,
empoeirados.
Na mesa,
ninguém comia
mas a música era sempre alta
e ninguém reclamava.
... lembranças gostosas de se imaginar mesmo para quem não as viveu
ResponderExcluirE tinha uma banheira cheia de açaí onde você tomava banho.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirtudo q é bom nós nos lembramos das melhores formas e sentidos ;D
ResponderExcluire descrevemos do nosso melhor geito
lindo!
adorei;D
Muito legal ter essas lembranças, pois são elas que nos fazem ser o que somos hoje...
ResponderExcluirGostei tb dos 4 gatos gordos, deviam ser lindos!
Adoro gatos!!!
Beijinhos e ótimo domingo.
Seu poema tem cara de domingo à tarde... aquele vazio que dá antes de se começar uma nova semana. Domingo é o dia que liga o passado ao futuro (preciso escrever alguma coisa sobre isso), mas essa casa, e juro, a casa da minha avó tinha uma cara parecida com a da sua! Não gosto de gatos, mas adoro música e móveis antigos!
ResponderExcluirBejo!
teu poema existe quando acabamos de ler e some quando começamos a ler.
ResponderExcluirou somos nós que não existimos antes de ler?
-É... to ficando viciado em Flávia Dôria...
ResponderExcluir-É mesmo cara.
-É
-Você gosta de coisa antiga né
-Não é tão antigo assim, Vinícius de Moraes é bem mais...
-Deixa eu entrar na minha cápsula do tempo pra ver isso de perto.
(Conversa entre dois adultos no ano de 2134)