sexta-feira, 3 de setembro de 2010

novembro


Novembro era
jabuticaba no pé
e o pé da gente a estourar
uma por uma
as bilhas escuras
que forravam o gramado.
A criançada corria
e a polpa escorria
por entre os dedos descalços.
Como uma estampa de pois
a jabuticabeira se vestia
de fruta

da cabeça aos pés.
Novembro era
se eu bem me lembro
o mormaço da serra
o medo de calango
e haja geléia
no café da manhã.

6 comentários:

  1. e a vida mais uma vez recorre aos breves mistérios que ocupam a paisagem eterna da noite em nossas almas

    e a poesia de flavia doria mais uma vez recorre aos breves mistérios que ocupam a paisagem eterna da memória em nossos dias

    ResponderExcluir
  2. Descendo a serra
    cego pela cerração
    sinto, subitamente,
    saudade das
    jabuticabas.

    ResponderExcluir
  3. Não acredito! Não era só eu q tinha uma jabuticabeira no quintal... no meu caso a brincadeira era usar o estilingue e brincar de guerrinha de jabuticabas! heheheh Doía, mas depois ficamos orgulhosos porque era tipo um paintball primitivo! hahaha

    Excelente Flá!

    Bejo

    ResponderExcluir
  4. Eu gosto de estourar jabuticabas, estourá-las na cara das pessoas.

    ResponderExcluir
  5. vc se amarra em jabuticaba, néam? muito recorrente.. =)

    ResponderExcluir
  6. Eu que nunca fui fã de jabuticabas fiquei com uma vontade de experimentá-las agora! O que, afinal, não fica bem quando acompanhado de uma boa dose de lirismo, não é mesmo?

    Pretendo publicar no blog mais textos/crônicas para treinar a prosa já que quero recomeçar a tentar escrever contos..rsrs... Mas, posso te passar alguns poemas via email, se quiser. É só pedir.

    Abraço!

    Rob(son) :)

    ResponderExcluir