domingo, 22 de julho de 2012

amarelinha


volta e meia
dou uma volta inteira
no meu caracol
volto
dentro da concha
cada giro completo
aumenta o casco
da minha espiral

me limo no silêncio escorregadio das pedras

mundo abismo
entre a lesma
e o espaço sideral
volto à casa de minha infância
deslizo no eterno das paredes
e a cada volta
vibra em mim o mantra
as cordas do relógio da sala
sigo a rota
do tarot de minha avó
e risco de giz amarelinha
na calçada pulo as pedras
um pé no chão e o outro não
o céu é a chegada
descanso pra voltar

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