vaga lembrança
Ontem à noite,
a lembrança do belo
me escorregou pela pestana.
Um Botticelli
equilibrando-se no vazio,
lia
rente a porta
do vagão do metrô.
De sua cabeça andrógena
pendiam cachos,
línguas de fogo
que lambiam
as páginas
ruivas de combustão.
Vestido de éter
ele viajava de pé
camisa e calça
monocromáticos
em um tom
de nada.
Lembro
de cada botão
mas quando saltou
não li a estação.
amores breves de metrô, hun? ;D
ResponderExcluirsabia qu alguém ia falar isso.
ResponderExcluiré, foi meu primeiro amor de metro.
hahahaha Acho que descreve bem a sensação mesmo, de deixar escorrer uma oportunidadade...
ResponderExcluirAmores de metrô... depois de vivenciar esse poema, teve uma época que eu resolvi investir em todos os amores de metrô que eu tive... resultado: melhor continuar na imaginação. Amores de metrô estragam todo o romantismo do momento.
É a poesia açaisástica invadindo o mundo e iniciando sua dominação.
ResponderExcluirqual era o livro?
ResponderExcluirIsso já aconteceu comigo umas 7 vezes... ainda bem que não precisei pagar de novo, só atrasei minha vida 2 horas...
ResponderExcluirmas se tempo é dinheiro, perdi 2000 reais então, que pena...
Mas que saudade grande que eu tinha dos teus textos tão belos. E que saudade grande eu tenho de ti tambem. Embora eu não tenha mais meu Fome Obscena, eu ainda continuo obsceno. Alias, o meu emprego se tornou obsceno.
ResponderExcluirVai lá me conhecer, Flavinha... rs
Beijos!
belezura.
ResponderExcluirlembrei dos meus amores de barca.
fantástico!
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