na luz do inverno
o mar cintila escamas
um imenso peixe
ondulando
na superfície de si mesmo
azul
azul mais verde
a mais verde que existe
lilás madrepérola
um brilho distante
cortextura
um Van Gogh no Leblon
penso no pintor
e em seu país submerso
imagino o Rio
e os escafandristas
como Chico cantou
vasculhariam meu quarto
e o que encontrariam?
alguns poemas
flutuantes
amores-espuma
e saudades nas estantes
ondulo
na superfície de mim mesma
os poros cintilam suor
como escamas de um peixe
mergulho
o não tempo debaixo d'água.
ResponderExcluire se cortasse a última linha?
ResponderExcluirnão quero terminar infinitivo
sabe, eu reli esse poema agora e pensei que o poema acabou no mergulho. é difícil pra quem escreve admitir que o poema acabou sozinho.
ExcluirO que o escafandrista faz é mergulhar. Então 'mergulho' como verso final é justo...
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